No princípio, não havia forma nem substância, apenas o É, Verbo Ser, A palavra e ato puro do EU SOU, pleno e absoluto, que existia sem precisar de existência. Então Ele falou, e tudo começou a ser. No vácuo primordial, fez-se a luz, não porque houvesse ausência dela, mas porque a própria palavra dita era luz, separando trevas e claridade, firmamento e profundezas, terra e mares.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
O Porco e a Moeda: Reflexões Sobre Controle Financeiro e Dependência Social
No desenho animado que me vem à mente, um porco astuto introduz uma moeda brilhante em uma comunidade simples e autossuficiente. Inicialmente, a moeda parece ser um presente inofensivo. Os nativos, que não conheciam o conceito de escassez ou demanda, se maravilham com a novidade. Entretanto, com o tempo, a moeda se torna a única forma aceita na nova loja aberta pelo porco. De uma vida de abundância baseada na troca direta e cooperação, os nativos passam a depender da moeda para tudo. Lentamente, aquilo que era dado sem custo se transforma em necessidade, e a comunidade inteira se curva diante da ganância personificada pelo porco, simbolizando Mamón – o senhor das riquezas.
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Venha comigo, levo-te pelas mãos
Oh, misterioso cosmo de vastidão insondável, onde os tecidos inextricáveis da Criação são urdidos por mãos invisíveis e caprichosas! Na escuridão vasta e ignota dos céus eternos, onde as constelações cintilam como sussurros esquecidos, jaz o segredo da Forma — um segredo que se revela apenas aos olhos que ousam transpassar o véu da percepção ordinária.
sábado, 5 de outubro de 2024
A Beleza da Escassez
Já parou para pensar por que Deus, que possui tudo, nem sempre nos dá o que pedimos? Talvez a resposta esteja na própria natureza do que nos falta. A abundância, por mais tentadora que seja, pode nos tornar filhos mimados, incapazes de ver além do que temos em mãos. O valor de algo só se revela quando é raro, e muitas vezes a verdadeira produção da alma surge quando enfrentamos a falta, e não a plenitude.
Entre Silêncios e Ruídos
Vivemos em uma época onde a conexão nunca esteve tão acessível, mas ironicamente nos vemos mais isolados do que nunca. A comunicação se tornou instantânea, mas será que ainda é genuína? Entre silêncios incômodos e ruídos ensurdecedores, parece que desaprendemos a ouvir.
Falar se tornou uma competição, e a escuta — um luxo raro. Muitas vezes, buscamos preencher o vazio do diálogo com palavras vazias, perdendo a profundidade que torna uma conversa significativa. A superficialidade, então, se estabelece como um padrão.
Talvez o segredo esteja em redescobrir a arte de ouvir. Um ouvir verdadeiro, aquele que não espera apenas pela vez de responder, mas que absorve o outro, sem julgamento, com empatia e respeito. No final, o que falta não é quem fale, mas quem realmente se importe em escutar.