quarta-feira, 1 de outubro de 2025
UM SÓ AMOR, UMA SÓ PESSOA E DUAS VONTADES
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
Deus no Seu Ponto de Vista
“Nesta publicação proponho uma viagem entre linguagens: do verbo, da imagem, do reflexo, até a Graça que Deus revela. Vamos olhar juntos quem é o Eu, o Verbo Ser, e como Ele fala à nossa existência.”
Na frase “Eu como carne”, quem realiza a ação? É o sujeito, o “eu”, que pratica o verbo/ação “comer”. Agora pense: e na frase “Eu sou Rodrigo”? O que o verbo está fazendo aí? Ele não mostra uma ação como comer ou correr. Ele liga. O verbo “ser” é um verbo de ligação, que conecta o sujeito àquilo que ele é. Outro dia, eu estava apresentando um jogo de tiro em primeira pessoa para alguns amiguinhos da minha filha, a Laura Sofia. Eles nunca tinham jogado videogame, muito menos um FPS. No começo, a mocinha, chamada Noemi, e seu irmão demoraram a entender que não viam o personagem, porque estavam dentro dele. Foi só quando, de repente, a menina parou, arregalou os olhos e disse com um sorriso: “Eu estou olhando com os olhos dele...” Naquele instante, ela entendeu. E eu ri e respondi: “Isso mesmo.”
sábado, 13 de setembro de 2025
Aleph Tav: O Fundamental é Invisível aos Olhos
Aleph Tav é um dos segredos mais profundos ocultos no texto hebraico da Bíblia. À primeira vista, trata-se apenas de duas letras, a primeira e a última do alfabeto: Aleph (א) e Tav (ת). Na gramática hebraica, a combinação dessas letras forma o marcador do objeto direto, chamado et, que aparece milhares de vezes no Antigo Testamento. Sua função é técnica, funcionando como uma ponte entre o verbo e o objeto. Por isso, em nossas traduções, geralmente não aparece, sendo considerado invisível na leitura, mas o fundamental é invisível aos olhos.
terça-feira, 2 de setembro de 2025
O DEUS DAS LACUNAS
“NAS LACUNAS É ONDE A VIDA ACONTECE.”
Se pensarmos bem:
“Na criação, Deus separa luz e trevas, águas de cima e de baixo, terra e mar. Mas é nos intervalos que surge a vida: na fronteira entre céu e terra, entre água e solo. Na respiração, não é só o ar que nos mantém, mas o espaço vazio dentro dos pulmões que o acolhe. Na música, a pausa é tão essencial quanto a nota. A lacuna dá ritmo, sentido, emoção. Na fé, Abraão vive na lacuna da promessa não cumprida ainda. É nesse espaço vazio que a confiança floresce. Na cruz, o silêncio de Deus é a maior lacuna da história. E justamente ali, no “meu Deus, por que me desamparaste?”, a vida eterna é gestada. Então, dizer que Deus é o Deus das lacunas não é diminuí-Lo, mas confessar que Ele habita o intervalo, onde o homem não consegue preencher por si. O mundo chama isso de vazio, mas é no vazio que Ele sopra o Espírito.”
sexta-feira, 25 de julho de 2025
O Salto Absoluto: entre o Vazio e o Verbo
Toda investigação física que conduz ao infinito inevitavelmente começa no limite do nada. Observando o comportamento da função matemática tangente, percebe-se que, ao aproximar-se de 90 graus, seu valor cresce abruptamente em direção ao infinito. Não se trata apenas de uma explosão numérica, mas de uma expressão matemática semelhante ao fenômeno físico que ocorre no interior dos buracos negros, onde o espaço-tempo é deformado até um ponto extremo, conhecido como singularidade.
terça-feira, 22 de julho de 2025
O que é responsabilidade, afinal?
Recentemente me peguei refletindo sobre algo que li: a ideia de que "a responsabilidade é o antídoto contra o caos". Ainda que haja valor nessa afirmação, senti que ela precisava ser tocada com mais reverência e verdade. Eis minha resposta — ou melhor, minha reconstrução.
sábado, 12 de julho de 2025
Jesus Chorou!!!
O Mistério do Salmo - 8:2
Entre todos os sons da criação, talvez nenhum seja tão misterioso, autêntico e primordial quanto o choro de um recém-nascido. Aquele primeiro grito, que é mais soluço do que melodia, não representa apenas o anúncio de uma nova vida – é também um eco sagrado do início de todas as coisas, uma nota que ressoa profundamente com o próprio nome de Deus.
Onde o mundo enxerga fraqueza, Deus estabelece Sua força; onde o orgulho humano busca poder e domínio, Deus prefere revelar-se na simplicidade, na vulnerabilidade e na entrega absoluta. Mas, além disso, há um segredo ainda mais profundo nesse som primal.
quinta-feira, 29 de maio de 2025
COMO DEUS CRIOU AS BASES FÍSICAS DA REALIDADE CONTÍNUA E NÃO QUANTIZADA
terça-feira, 20 de maio de 2025
O Mistério do EU que SOU
Desde que nascemos, uma pergunta nos acompanha: “Quem sou eu?” Alguns dizem que somos só corpo. Outros acham que somos só mente. Mas, no fundo, todos nós sentimos que somos alguém. Temos um “eu” que sente, que pensa, que ama, que sofre. E esse “eu” não veio do nada. Para que o eu exista, é preciso primeiro haver um espaço de existência. Um lugar onde o ser possa ser. E esse lugar não é físico, nem um lugar no mapa. Esse espaço é o próprio SER. É a realidade mais profunda que sustenta tudo o que existe. Na Bíblia, quando Moisés pergunta o nome de Deus, Ele responde:
“EU SOU O QUE SOU.” (Êxodo 3:14)
Essa frase é mais do que um nome. É uma revelação: Deus é o Ser puro, aquele que é por Si mesmo.
Ele não depende de nada para
existir — tudo depende Dele. Veja que no nome D-EU-S, o “EU” está no centro.
Isso não é coincidência. Deus é o único que pode dizer plenamente “EU SOU”. Nós
só podemos dizer “eu sou” porque Ele nos sustenta no Ser. É como se Deus fosse
o grande espaço invisível onde todos os seres respiram. Mas Ele não é apenas um
espaço vazio — Ele é Pessoa. Ele é o Eu eterno. E entre o nosso “eu” e o “Ser”
que sustenta tudo, existe uma ponte:
Essa ponte é chamada de LOGOS — o Verbo.
O Verbo é o que liga o sujeito ao predicado. É o que conecta quem somos com o que somos. E na Bíblia, o Verbo se fez carne — Jesus. Jesus é o Verbo de ligação vivo. Ele une Deus e o homem. Ele é o Filho que vem do Pai para nos trazer de volta ao Ser, sem perder o nosso “eu”. Quando dizemos que Jesus é o “EU SOU”, estamos dizendo que nele, o Ser e o Eu se abraçam.
sábado, 17 de maio de 2025
Fiat Lux, embaixo da figueira.
Senhor, que disseste "haja luz" antes mesmo que existisse olho para vê-la, que criaste o fóton não apenas para medir, mas para testemunhar, que fizeste da troca das camadas mais profundas um salto de sentido, eis-me aqui diante de Ti, cheio de sensores ainda em construção, com o corpo suspenso entre o barro e a promessa, buscando na alvorada aqueles sinais que ainda não colapsaram, mas que sussurram em mistério. Perdoa-me, Pai, por não ter percebido Teu mover no ambiente quando era só silêncio, por não ter dado ouvidos aos signos que sutilmente me chamavam à Verdade. Ensina-me a enxergar como Van Gogh enxergava, a sentir como sente o espírito antes mesmo da forma existir, a desejar como quem ama a luz sem ignorar a sombra.









