Ao ler o quinto capítulo do livro
“Assassinato no Expresso Oriente” de Agatha Christie vejo que ele se resume
numa frase do senhor Bouc:
"– O assassino
está entre nós, no trem, agora..."
Isso torna tudo mais interessante
e perigoso. Imaginem se vocês estivessem ali e um assassino a solta. Acho que
todo brasileiro sabe o que é essa sensação de insegurança. Aquele sentimento
que faz você olhar para os lados no escuro da noite para ver se não tem ninguém
com uma faca ameaçadora.
Aquela paranoia que aconteceu
depois de um maluco matar diversos inocentes em um cinema que faz todos ficarem
com os nervos à flor da pele.
A segurança é sempre uma ilusão.
Somos ovelhas ao caminho do matadouro. A morte um dia chega, mas gostamos de
pensar que ela está longe e há muito tempo para vivermos.
Há uma expressão em latim “Memento
Mori” que significa algo como "lembre-se de que você é mortal",
"lembre-se de que você vai morrer" ou traduzido ao pé-da-letra,
"lembre-se da morte".
Na idade média sempre deixavam
essa expressão seguida de uma advertência a todos que entravam em um cemitério.
“Somos o que vocês serão e vocês serão o que nós somos.”
Memento Mori é também um conceito
fundamental da filosofia estoica que trata a morte como algo natural e certo.
Não devemos temê-la, mas sim nos preparar para ela. Sêneca diz:
"muitos homens se apegam e
agarraram-se à vida, assim como aqueles que são levados por uma correnteza e se
apegam e agarram-se a pedras afiadas. A maioria dos homens minguam e fluem em
miséria entre o medo da morte e as dificuldades da vida; eles não estão
dispostos a viver, e ainda não sabem como morrer.”
“A morte sempre é o
assassino final que todos estamos sujeitos.”
A morte é sempre um passageiro no trem que é a vida.
Você está preparado para morrer?
Não? O que tens feito para preparar-se para o dia final? Pense nisso...
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