A Cruz da História é somente a da Crucificação.
A Cruz é o que vem antes de tudo, inclusive da Crucificação.
O Cordeiro de Deus foi imolado antes da criação de qualquer criação.
Por essa mesma razão Aquele que tem o poder de “abrir o Livro e lhe desatar os selos” é o Leão de Judá, a Raiz de Davi, mas quando essas faces são procuradas por João —que antes chorava muito em desesperança (Ap 5:4-5)—, quem ele vê é um Cordeiro “como havia sido morto”.
Nós cristãos pensamos que nossa salvação veio do sofrimento de Jesus por nós!
Sofrimento não salva, apenas amargura e mata!
Nossa salvação não vem da Crucificação, mas da Cruz!
A Crucificação é um cenário!
A Cruz é o sacrifício eterno que teve na Crucificação apenas o seu cenário histórico!
Quando Paulo diz que só se gloriava na Cruz, ele não nos aponta um espetáculo histórico, o qual ele nunca nem perdeu tempo em “descrever” como evento martirizante e agonizante.
Para ele a Cruz era “o mistério outrora oculto e agora revelado” — com todas as implicações da Graça em nosso favor.
A Crucificação estava exposta às interpretações dos sentidos humanos: “Este era verdadeiramente Filho de Deus” — confessava o centurião, perplexo com o modo como Jesus morrera. Também reagia assustado diante do fato que a terra tremia enquanto a escuridade envolvia subitamente a tarde daquele dia.
A Cruz, todavia, é infinitamente maior que a Crucificação. O Sangue que purifica de todo pecado não um líquido; é uma oferta de amor perdoador que existiu como tal ainda antes que qualquer forma de sangue tivesse sido criada.
A Cruz é uma eterna decisão de Deus com Deus. O Sangue Eterno é a Decisão da Graça!
Na história, o sangue foi derramado para manifestar aquilo que em Deus já estava feito!
Jesus Consumou o que nEle já estava Consumado desde a eternidade!
Na Páscoa, portanto, celebra-se o cordeiro simbólico que aparece desde o Gênesis. Ganha rito instituído no Êxodo, é praticado durante séculos e tem sua Realização Histórica na Crucificação. A Cruz, no entanto, é o Fator Criador por trás de toda criação: o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do mundo!
Nessa consciência o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.
Por isso é que eu posso caminhar sem medo.
Não procurarei aquilo que faz sofrer e que é pecado. Mas também não vivo mais as fobias e neuroses do pecado.
É a certeza da Graça eterna aquilo que nos dá paz para viver na terra. Sem o êxodo da Crucificação apenas como cenário para a Cruz como bem eterno que garante paz com Deus e vida na terra, ninguém tem paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
A Crucificação é o Cenário exterior!
A Cruz tem que ser a Realidade interior!
A Crucificação revela a maldade humana!
A Cruz revela a salvação de Deus!
Quem crê é Justificado e tem paz com Deus. Além disso, já passou da morte para a vida!
Caio
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O Éden em nós
Quando Paulo diz em II Coríntios que receava que “assim como a serpente
enganou a Eva”, do mesmo modo fossem “as nossas mentes corrompidas”,
afastando-nos da pureza e simplicidade devidas a Cristo — ele fazia isto
se relacionar à seqüência do texto, que mostra os “falsos apóstolos,
ministros de justiça (disfarçados) e anjos de luz (travestidos); todos
figuras representativas da serpente que enganou a Eva e seu marido; e
que, agora, em seu disfarce apostolar, afastavam o povo da simplicidade e
pureza do Evangelho; fosse com sua crença legalista e anti-graça
(judaizantes); fosse mediante as perversões de evangelhos gnósticos, do
Cristo esotérico, as quais eles tentavam “vender” para o povo.
Entretanto, ao dizer “Receio de vós que assim como a serpente enganou a
Eva, assim também sejam corrompidas as vossas mentes” — o apóstolo abria
uma nova dimensão para o Éden. Sim, o Éden da Mesopotâmia, geográfico,
dava agora lugar ao Éden não lugarizado, e que existe e re-existe sempre
outra vez no coração humano; posto que a arquitetura da alma humana é
sempre um Éden.
Sim, um Éden no útero da mãe, de onde somos expulsos. Um Éden na
infância, da qual somos expulsos. Um Éden na adolescência, de onde somos
forçados a sair. Um Éden na juventude, de onde se tem que sair para
virar adulto e arar a terra. Um Éden histórico, do qual sairemos não
mais como expulsos, mas como elevados à Glória pela Graça de Cristo.
Ora, de um lado, todos estão fora do Éden; pois “pecamos à semelhança do
pecado de Adão” — segundo Paulo, escrevendo aos Romanos. Por isto se
diz que “todos pecaram” e que todos “igualmente carecem da Glória de
Deus”.
Assim, a humanidade nasce fora do Éden; pois, ‘em’ Adão e ‘como’ Adão —
fomos tanto nele como também em nós mesmos, expulsos do Éden!
Todavia, a constituição da alma é sempre um Éden Psicológico. Sim,
porque na alma, todos nós, temos Adão (animus), temos Eva (anima), temos
a Árvore da Vida (a vocação para o eterno), temos a Árvore do
Conhecimento do Bem de Mal (nossa vontade de independência de Deus),
temos todas as arvores do Jardim (a liberdade ampla de boas escolhas de
vida; sem proibições), temos a Voz de Deus, e também os sons sibilantes
da serpente oportunista, e que faz seu “bolo de serpente” pronta para “o
bote”, justamente nos galhos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Esta é a constituição arquetípica de nosso aparelho psíquico.
Ora, nesse sentido, o Éden é um lugar em nós; e do qual nos sentimos
exilados pela culpa e pela transgressão essencial que nos faz já
nascermos dando curiosos ouvidos às sibilações da serpente; a qual
trabalha contra alma sempre com a proposta de um saber que nos faça
prescindir, supostamente, de Deus.
Assim, a serpente invisível, e que existe como ente espiritual, ganha
seu poder quando a serpente do aparelho psíquico repete para nós,
conforme nossas pulsões interiores, as mesmas propostas feitas pela
serpente do Éden Mesopotâmico.
Desse modo, mesmo expulso do Éden, carregamo-lo como realidade psíquica e
arquetípica em nós mesmos!
Ora, assim como um Querubim foi posto no caminho para a Árvore da Vida,
no Éden da Bíblia; assim também há um Querubim, no Éden da alma, e que
nos impede o acesso autônomo à vida sem Deus; ou seja: à tentativa de
viver eternamente sem Deus!
Daí vem todo o sentimento de idas e vindas que sentimos em nós mesmos;
ora sentindo-nos no Éden; ora exilados dele — tudo isto sendo reeditado
pelas experiências de culpa.
Paulo diz que os Coríntios estavam vivendo na Graça a experiência de uma
Eva não seduzida; existindo num Éden pacificado pelo amor e pelo perdão
de Deus.
Entretanto, ele avisa que como os mesmos elementos do Éden existem em
nós, continua sempre a possibilidade de que as “serpentes” de fora (no
caso deles os falsos apóstolos), pudessem encontrar o seu recíproco
narcisista em nós; e, assim, sermos enganados; e, mais uma vez, expulsos
do Éden da simplicidade e pureza devidas a Cristo.
É por tal razão que muitos cristãos confessam o tempo todo que são de
Cristo, mas, apesar disto, vivem em estado de permanente angustia. Sim, a
angustia dos exilados; e eles nem mesmo sabem a razão.
Digo isto porque somente a simplicidade e a pureza do Evangelho, vivido
pela fé no Filho de Deus, é o que nos veste para que a existência no
Éden interior não seja feita da culpa que se esconde por de trás das
árvores do Jardim, mas da paz dos reconciliados e vestidos pelo Sangue
do Cordeiro.
Entretanto, quem não reconhece que o cenário do Éden o habita, esse é
sempre enganado, pensando que a serpente de fora é quem nos manipula,
sem nos darmos conta que é a serpente que habita a constitutividade de
nosso ser, o elemento psíquico que mais nos seduz à autonomia; ou a
qualquer que seja o “outro evangelho”.
Assim, arquetípica e simbolicamente, a Árvore da Vida é o Evangelho; as
outras árvores do Jardim são toda nossa liberdade; a Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal é nossa intrínseca vontade de ascender por
conta própria; a serpente é a pulsão desse desejo; a anima é a via pela
qual o desejo de transcendência se torna objeto de perversão; animus é a
legitimação do ato psíquico da anima; e o Querubim é o impedimento
divino que nos mantém sem a eternidade autônoma; pois, do contrário,
seriamos fixados num estado de irredimibilidade.
Paulo, portanto, nos assegura que somente a pureza e a simplicidade do
Evangelho de Cristo é o que pode nos fazer vencer as seduções externas e
internas das serpentes!
Pense nisto!
Nele,
Caio
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Mais que vencedores
Deus
deseja que sejamos um com Ele, mas Ele respeita nossa essência. Já o dragão
devora-nos de forma que não somos um, mas acaba por amalgamar de forma
indelével sua essência em nosso imo suplantando-a pela a dele. Sobrando somente
ele. Sua fome é insaciável. E seu apetite irrefreável. E suas vítimas acabam
por sucumbir, sem perceber a mordida do vampiro das almas.
Então
por que Deus criou o dragão? Veja que o dragão é mal, pois assim foi criado,
ele foi homicida, promotor da morte desde o princípio, e com justiça será
tratado no final. Nós eleitos, desde a fundação do mundo, somos vitoriosos de
eternidade em eternidade. Somos mais que vencedores. Porém o dragão e sua
semente serão derrotados de criação em criação. Como o vilão que em sua
desgraça merecida abrilhanta a vitória do herói. A derrota do dragão é motivo
de festa daqueles que viveram pelo Verbo. Isso está em nossos corações,
implantado em nosso inconsciente. É a
história arquetípica escrita na primeva incepção. Na criação anterior o dragão
foi vencido pela força... Nesta, porém, o nosso inimigo está em nós. Se a luta
será terrível, a vitória será imensa. A vitória, no entanto, revelará sim de
modo esplendoroso que o santuário santíssimo tem lugar em nosso mais íntimo, em
nosso EU SOU. Seremos e já somos co-participantes da natureza de Deus. O Misterium
Tremendum, o galardão final, daqueles que são fiéis ao Verbo, será revelado e
conheceremos como também somos conhecidos. E Deus fará tudo novo de novo!
Deus
não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele
criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a
salvação. No entanto, a presença do mal permite o agir do bem. O Cristo teve a
oportunidade de demonstrar seu amor, que em graça se transformou vertendo seu
precioso sangue. E derrotada foi à morte e seu aguilhão e veneno será por fim
destruído. Em alegria seremos transformados e o que hoje são sombras e névoas
no porvir serão claras como a luzes da aurora no esplendor do amanhecer.
O
Eterno trabalha com ciclos. Como disse o sábio “Há tempo de nascer, e tempo de
morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.”. Observe as
estações do ano, os meses, as semanas e até mesmo os dias. Eles se repetem, mas
sempre de forma diferente. A novidade não está exatamente naquilo que se vê,
mas em como se vê. Há tempo de destruição, de renovo, de trabalho, de descanso
e neste fluir as eternidades passam. Ainda
que em momentos de dor, mais perto chegamos do criador. Feliz aquele que achar
mérito no autor das almas e para quem Ele disser, “Servo bom e fiel entra no
teu descanso”. Nem todos adentrarão no descanso, pois com juras Ele disse “Não
entrarão no meu descanso, embora fossem completadas as obras desde a fundação
do mundo.” Pois em certo lugar disse assim acerca do dia sétimo: “E descansou
Deus no dia sétimo de todas as suas obras”. Pois aquele que entrou no descanso Dele,
esse também descansou das suas obras, assim como Deus das suas. Lute por sua
salvação, amigo, para que te aches no
Espírito Eterno no dia em que Ele vir nas nuvens revelar as obras de suas mãos.
O tempo é breve e já estamos no início do sétimo dia. Um dia para Ele são mil
anos. Nosso tempo não é o Dele! E o homem é senhor do sétimo dia e reinará no milênio com o Cordeiro. Reino de
justiça e paz.
Fundamentação e inspiração Bíblica
Mateus 13
24 Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo;
25 mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
26 Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio.
27 Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?
28 Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
29 Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
30 Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.
36 Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
37 E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;
38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno;
39 o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.
40 Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo.
41 Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade,
42 e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
43 Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
Fundamentação e inspiração Bíblica
Mateus 13
24 Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo;
25 mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
26 Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio.
27 Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?
28 Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
29 Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
30 Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.
36 Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
37 E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;
38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno;
39 o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.
40 Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo.
41 Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade,
42 e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
43 Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Mais do meu livro
Fiz algumas modificações e um extensa pesquisa para fazer esse capítulo. Por favor, comentem... Estou aberto a críticas, sugestões e elogios.
Capítulo 1 - A Fundação
Há incontáveis eras, um grupo de anciões, vitoriosos de batalhas anteriores, decidiram criar uma nova existência, pois se esgotaram as possibilidades e o mundo se tornou previsivelmente insuportável e tedioso. Além disso, em sua sabedoria acreditavam que, como antes, seria necessária uma renovação, bem como o desapego, aos resquícios e memórias do passado. A estes senhores, de nomes impronunciáveis com nossas gargantas primitivas, chamaremos de Arcontes da Alma, os famigerados Pais Arquetípicos, conhecidos na mitologia judaica como Elohim. Dentre estes senhores havia um que se destacava, por seu amor e justiça, sendo a expressão exata do Elevado, aquele que conheceu a primeira criação de todas as criações. Valente guerreiro e pai amoroso. O Verbo e Senhor dos 24 Arcontes.
Sentados, em seus tronos, conversavam e planejavam os eventos que seriam vividos na nova origem. O lugar onde estavam era de beleza única e com uma atmosfera de poder e glória jamais imaginada por mortais, como eu e você. Um lugar que assusta e atemoriza qualquer criatura, impondo respeito aos seres das alturas, ou dos mais baixos abismos. Todavia existia um lugar de maior significado e peso, um lugar inviolável, o santíssimo lugar, a morada do Eterno. Apenas o Pai e Filho do Verbo poderia adentrar neste ambiente e o fazia somente em ocasiões únicas, em importância e necessidade. Ali residia o Misterium Tremendum que nenhuma criatura ou Elohi poderia conhecer e compreender em sua plenitude, apenas o Elevado e seu unigênito comungavam daquele lugar. Uma casa, uma casa de carne, pois diziam que era o cordis ou o útero da criação.
Um enigma foi proposto, por um dos arcontes para servir como busca e sentido à nova existência, entretanto por mais que se esforçassem não conseguiam encaixar as peças, neste quebra cabeça cósmico, para dar sentido real, sabor e abundância de vida aos novos entes.
O Verbo teve que intervir, pois todos haviam percebido que fazia se propício ao Unigênito entrar na câmara santíssima e ali, diante da Presença Eterna conversar com o Inefável, em busca de algo que pudesse trazer abundância de vida aos neófitos.
Então, os enviados serventes da recâmara do rei receberam ordens para preparar e purificar o átrio do templo célico, e assim o fizeram. Estes servos, os homens chamam de anjos, mas nada mais são que seres enviados para uma missão especial. Um destes, Gadreel, que em hebraico pode ser escrito como עזאזל, também conhecido como Azazel, é a origem de muito conflito e debate. Certamente seu real título, princípio e incepção estão envoltos em mentiras e sombras. Nenhum mortal, e até mesmo seres imortais, podem afirmar com certeza sobre algo que teve o embuste como razão de ser, embora nada passa despercebido e impune pelo Eterno.
Enquanto realizava os preparos para consagração dos átrios e vestíbulos reais sua atenção foi desperta por uma pedra vermelha, um seixo de jaspe carmesim usado nas vestes sacerdotais pelo Verbo. Quero deixar claro que muito do que acontece aqui não poderia ser descrito com linguagem e palavras humanas se respeitada sua exatidão. O certo é que o que foi me passado e permitido lhe exponho da melhor forma que minhas mãos escrevem e minha mente concebe, por isso faço uso alegórico, dos eventos agora relatados, pois sem os quais jamais poderia escrever. Por isso, creia no conteúdo e não na forma, como conselho, prezado amigo, haja sempre assim, na vida, geralmente o contorno é enganoso embora a essência liberte. Se não fizeres isto, de um jeito ou de outro, aprenderás que as palavras nada dizem, todavia o que fazemos com elas sim.
Então, possuído de cobiça, apeteceu possuí-la, pois conhecia o propósito e sabia que facultaria habilidade de abrir portais e poder sobre as trevas, corrupção e mal, se usada sem consentimento e vontade do Verbo, pois em seu coração deixou entrar a dúvida sobre a bondade divina. Sem muito pensar, tomou-a para si, colocando outra de sardio, semelhante em forma, em seu lugar. Leitor cabe aqui lembrar, que o ocorrido, apesar de não aprazer a Aquele que É, foi planificado por Ele antes de todas as Eternidades, nas eras ocultas em Deus e no Cordeiro (O primevo Aeion, Kairos do Ego e do Ser) e quando terminar tu verá que falo a verdade.
Neste momento, um Mal Antigo foi desperto, transformando interior deste anjo, que agora chamaremos de Inferno, pois como narrado antes, se mal usado o Jaspe Carmesim, que simboliza o sangue do Cordeiro, porque quem o toma e usa, o faz para sua própria condenação, se não empregar o discernimento por meio Daquele que é o alimento da alma. Uma porta foi aberta e o Inferno a habita e é habitado por ele, o Filho da Perdição.
Que fique claro que o erro deste grigori não foi possuir a pedra, mas ser ladrão de algo que é livre a todo aquele que pedir ao Pneuma. O erro é a escravidão do espírito, pelo ego, que não se é refreado pelo Verbo. Neste momento, o horror primevo, entrou no corrompido anjo guardião dos aposentos reais.
Uma terrível tristeza abateu sobre o Verbo. Podia-se ver claramente no semblante do Cordeiro que algo muito sério o afligia. Porém, Ele sabia que era vontade do Eterno e conhecia muito bem os desígnios do coração de Deus.
Tudo foi preparado para o momento. E o Cristo entrou no santuário onde até os anjos temem ir. Ele vestia a indumentária sacerdotal completa. A Estola Sacerdotal ou Éfode uma peça parecida um avental, confeccionada nas cores azul, púrpura, carmesim e o branco de linho fino retorcido. Sobre o Éfode um peitoral com as doze pedras, que representam os fundamentos que sustentam toda criação. Na cintura partindo do umbigo uma espécie de cordão de prata ligava as vestes ao cubo, o cubo de Metraton, uma máquina que permitia a entrada no santíssimo lugar e assim entrar em contado direto com o Arché, a substancia primordial, constituinte de toda matéria do universo. Na verdade Arché é um número que quando em execução conjunta com o cubo de Metraton possibilita a entrada no console fundamental que fornece uma interface para a criação da realidade.
Uma vez conectado a máquina a realidade percebida pelo sumo sacerdote é mudada e este pode entrar no módulo de construção, uma espécie de programa de computador que funciona como um ambiente integrado que facilita a criação de realidades extraídas da lógica do número (ou programa) que inspira a vida.
Permita-me amigo explicar-lhe melhor o que é o Arché, também conhecido como unidade divina. Ele não é apenas um número qualquer, mas o padrão da perfeição, uma seqüência harmoniosa que encerra dentro de si todas as criações possíveis. Embora bastante próximo de Deus o Arché não é Deus. Podemos dizer que Deus é pleno quando o Verbo, a Lógica e a Materialidade trabalham em prol do sentido existencial, o tempero da vida, o Amor. O ator do Verbo é o Cordeiro, o ator da Lógica é o Arché e a Matéria é fruto da máquina de Metratron. Embora não percebamos todas as vezes, os três são e estão em Um e são vistos em plenitude no homem, mais corretamente no Filho do Homem e neste, sempre trabalham em Amor, afinal Deus é Amor!
Após todos os preparativos realizados então o Verbo adentra o santíssimo lugar. Imediatamente sua fisionomia se transforma. O módulo arquiteto estava carregado e o link foi estabelecido. Todo poder criativo de Deus estava ao dispor do Verbo, assim como, uma via de largura de fluxo inesgotável fornecia a comunicação direta entre Pai e Filho. Amigo, você deve estar perguntando por que essa conexão se fez necessária, visto que Pai e Filho são um, posso citar vários motivos, mas dois se destacam. O primeiro é que nem sempre o Filho quer e precisa de todo poder criativo divino, há momentos que isso não se faz necessário nem desejável, lembre que o Filho nunca usou poder desnecessariamente. Ele nunca precisou de pirotecnia para mostrar sua identidade, poder e glória. O segundo é que Ele, sempre quis se comportar como humano, deixe me explicar com um exemplo. Um alpinista poderia escalar uma montanha com um equipamento que facilitasse ao extremo a conquista do cume da montanha, podendo se quisesse subir até lá de helicóptero. No entanto que graça teria isso? E lembre-se a chave da vida está na graça. E o Verbo vivo deseja que a criação se pareça com a história arquetípica dando forma, beleza e sabor em abundância. A limitação tornam as coisas mais interessantes. Embora haja sacrifícios e sofrimento, ao final, quando o montanhista tem a magnifica visão do fruto de seu esforço ele diz, valeu a pena!
Há uma terceira razão, também importante, mas em momento propício, querido neófito, lhe revelarei. Por agora basta dizer que nem todos tem fé a ponto de mover montanhas e nem só o Verbo pode usar a máquina de Metratron, mas só ele pode ir ao Aleph Santíssimo e compreender o mistério e causa da Vida.
Como de igual maneira, em todas as criações, a primeira criação é a luz, então em um grito catártico, Fiat Lux, e a luz foi feita. A partir deste ponto não preciso entrar em detalhes, pois você conhece o desenrolar dessa história. Quero apenas focar em um ocorrido, e farei isso nos parágrafos seguintes.
Há incontáveis eras, um grupo de anciões, vitoriosos de batalhas anteriores, decidiram criar uma nova existência, pois se esgotaram as possibilidades e o mundo se tornou previsivelmente insuportável e tedioso. Além disso, em sua sabedoria acreditavam que, como antes, seria necessária uma renovação, bem como o desapego, aos resquícios e memórias do passado. A estes senhores, de nomes impronunciáveis com nossas gargantas primitivas, chamaremos de Arcontes da Alma, os famigerados Pais Arquetípicos, conhecidos na mitologia judaica como Elohim. Dentre estes senhores havia um que se destacava, por seu amor e justiça, sendo a expressão exata do Elevado, aquele que conheceu a primeira criação de todas as criações. Valente guerreiro e pai amoroso. O Verbo e Senhor dos 24 Arcontes.
Sentados, em seus tronos, conversavam e planejavam os eventos que seriam vividos na nova origem. O lugar onde estavam era de beleza única e com uma atmosfera de poder e glória jamais imaginada por mortais, como eu e você. Um lugar que assusta e atemoriza qualquer criatura, impondo respeito aos seres das alturas, ou dos mais baixos abismos. Todavia existia um lugar de maior significado e peso, um lugar inviolável, o santíssimo lugar, a morada do Eterno. Apenas o Pai e Filho do Verbo poderia adentrar neste ambiente e o fazia somente em ocasiões únicas, em importância e necessidade. Ali residia o Misterium Tremendum que nenhuma criatura ou Elohi poderia conhecer e compreender em sua plenitude, apenas o Elevado e seu unigênito comungavam daquele lugar. Uma casa, uma casa de carne, pois diziam que era o cordis ou o útero da criação.
Um enigma foi proposto, por um dos arcontes para servir como busca e sentido à nova existência, entretanto por mais que se esforçassem não conseguiam encaixar as peças, neste quebra cabeça cósmico, para dar sentido real, sabor e abundância de vida aos novos entes.
O Verbo teve que intervir, pois todos haviam percebido que fazia se propício ao Unigênito entrar na câmara santíssima e ali, diante da Presença Eterna conversar com o Inefável, em busca de algo que pudesse trazer abundância de vida aos neófitos.
Então, os enviados serventes da recâmara do rei receberam ordens para preparar e purificar o átrio do templo célico, e assim o fizeram. Estes servos, os homens chamam de anjos, mas nada mais são que seres enviados para uma missão especial. Um destes, Gadreel, que em hebraico pode ser escrito como עזאזל, também conhecido como Azazel, é a origem de muito conflito e debate. Certamente seu real título, princípio e incepção estão envoltos em mentiras e sombras. Nenhum mortal, e até mesmo seres imortais, podem afirmar com certeza sobre algo que teve o embuste como razão de ser, embora nada passa despercebido e impune pelo Eterno.
Enquanto realizava os preparos para consagração dos átrios e vestíbulos reais sua atenção foi desperta por uma pedra vermelha, um seixo de jaspe carmesim usado nas vestes sacerdotais pelo Verbo. Quero deixar claro que muito do que acontece aqui não poderia ser descrito com linguagem e palavras humanas se respeitada sua exatidão. O certo é que o que foi me passado e permitido lhe exponho da melhor forma que minhas mãos escrevem e minha mente concebe, por isso faço uso alegórico, dos eventos agora relatados, pois sem os quais jamais poderia escrever. Por isso, creia no conteúdo e não na forma, como conselho, prezado amigo, haja sempre assim, na vida, geralmente o contorno é enganoso embora a essência liberte. Se não fizeres isto, de um jeito ou de outro, aprenderás que as palavras nada dizem, todavia o que fazemos com elas sim.
Então, possuído de cobiça, apeteceu possuí-la, pois conhecia o propósito e sabia que facultaria habilidade de abrir portais e poder sobre as trevas, corrupção e mal, se usada sem consentimento e vontade do Verbo, pois em seu coração deixou entrar a dúvida sobre a bondade divina. Sem muito pensar, tomou-a para si, colocando outra de sardio, semelhante em forma, em seu lugar. Leitor cabe aqui lembrar, que o ocorrido, apesar de não aprazer a Aquele que É, foi planificado por Ele antes de todas as Eternidades, nas eras ocultas em Deus e no Cordeiro (O primevo Aeion, Kairos do Ego e do Ser) e quando terminar tu verá que falo a verdade.
Neste momento, um Mal Antigo foi desperto, transformando interior deste anjo, que agora chamaremos de Inferno, pois como narrado antes, se mal usado o Jaspe Carmesim, que simboliza o sangue do Cordeiro, porque quem o toma e usa, o faz para sua própria condenação, se não empregar o discernimento por meio Daquele que é o alimento da alma. Uma porta foi aberta e o Inferno a habita e é habitado por ele, o Filho da Perdição.
Que fique claro que o erro deste grigori não foi possuir a pedra, mas ser ladrão de algo que é livre a todo aquele que pedir ao Pneuma. O erro é a escravidão do espírito, pelo ego, que não se é refreado pelo Verbo. Neste momento, o horror primevo, entrou no corrompido anjo guardião dos aposentos reais.
Uma terrível tristeza abateu sobre o Verbo. Podia-se ver claramente no semblante do Cordeiro que algo muito sério o afligia. Porém, Ele sabia que era vontade do Eterno e conhecia muito bem os desígnios do coração de Deus.
Tudo foi preparado para o momento. E o Cristo entrou no santuário onde até os anjos temem ir. Ele vestia a indumentária sacerdotal completa. A Estola Sacerdotal ou Éfode uma peça parecida um avental, confeccionada nas cores azul, púrpura, carmesim e o branco de linho fino retorcido. Sobre o Éfode um peitoral com as doze pedras, que representam os fundamentos que sustentam toda criação. Na cintura partindo do umbigo uma espécie de cordão de prata ligava as vestes ao cubo, o cubo de Metraton, uma máquina que permitia a entrada no santíssimo lugar e assim entrar em contado direto com o Arché, a substancia primordial, constituinte de toda matéria do universo. Na verdade Arché é um número que quando em execução conjunta com o cubo de Metraton possibilita a entrada no console fundamental que fornece uma interface para a criação da realidade.
Uma vez conectado a máquina a realidade percebida pelo sumo sacerdote é mudada e este pode entrar no módulo de construção, uma espécie de programa de computador que funciona como um ambiente integrado que facilita a criação de realidades extraídas da lógica do número (ou programa) que inspira a vida.
Permita-me amigo explicar-lhe melhor o que é o Arché, também conhecido como unidade divina. Ele não é apenas um número qualquer, mas o padrão da perfeição, uma seqüência harmoniosa que encerra dentro de si todas as criações possíveis. Embora bastante próximo de Deus o Arché não é Deus. Podemos dizer que Deus é pleno quando o Verbo, a Lógica e a Materialidade trabalham em prol do sentido existencial, o tempero da vida, o Amor. O ator do Verbo é o Cordeiro, o ator da Lógica é o Arché e a Matéria é fruto da máquina de Metratron. Embora não percebamos todas as vezes, os três são e estão em Um e são vistos em plenitude no homem, mais corretamente no Filho do Homem e neste, sempre trabalham em Amor, afinal Deus é Amor!
Após todos os preparativos realizados então o Verbo adentra o santíssimo lugar. Imediatamente sua fisionomia se transforma. O módulo arquiteto estava carregado e o link foi estabelecido. Todo poder criativo de Deus estava ao dispor do Verbo, assim como, uma via de largura de fluxo inesgotável fornecia a comunicação direta entre Pai e Filho. Amigo, você deve estar perguntando por que essa conexão se fez necessária, visto que Pai e Filho são um, posso citar vários motivos, mas dois se destacam. O primeiro é que nem sempre o Filho quer e precisa de todo poder criativo divino, há momentos que isso não se faz necessário nem desejável, lembre que o Filho nunca usou poder desnecessariamente. Ele nunca precisou de pirotecnia para mostrar sua identidade, poder e glória. O segundo é que Ele, sempre quis se comportar como humano, deixe me explicar com um exemplo. Um alpinista poderia escalar uma montanha com um equipamento que facilitasse ao extremo a conquista do cume da montanha, podendo se quisesse subir até lá de helicóptero. No entanto que graça teria isso? E lembre-se a chave da vida está na graça. E o Verbo vivo deseja que a criação se pareça com a história arquetípica dando forma, beleza e sabor em abundância. A limitação tornam as coisas mais interessantes. Embora haja sacrifícios e sofrimento, ao final, quando o montanhista tem a magnifica visão do fruto de seu esforço ele diz, valeu a pena!
Há uma terceira razão, também importante, mas em momento propício, querido neófito, lhe revelarei. Por agora basta dizer que nem todos tem fé a ponto de mover montanhas e nem só o Verbo pode usar a máquina de Metratron, mas só ele pode ir ao Aleph Santíssimo e compreender o mistério e causa da Vida.
Como de igual maneira, em todas as criações, a primeira criação é a luz, então em um grito catártico, Fiat Lux, e a luz foi feita. A partir deste ponto não preciso entrar em detalhes, pois você conhece o desenrolar dessa história. Quero apenas focar em um ocorrido, e farei isso nos parágrafos seguintes.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
A origem dos perpétuos
Escrevi este conto já faz algum tempo, baseie-me nas obras de Neil Richard Gaiman e em um sonho que tive. O conto não tem a pretensão de expor nenhuma verdade oculta do universo, apenas é uma obra simples com um toque poético a qual compartilho com vocês. Perceba que ela possui um toque da história arquetípica que estudamos, mas com a ingenuidade de uma criança em seu frescor pueril.
A origem dos
perpétuos
Como era linda, perfeita e esplendorosa. Carregada de
poesia. Foi assim que começou, com uma canção, tão bela que poderia aquecer o
mais gélido coração. E a vida começou não como uma explosão, mas ao contrario
com uma brisa suave e mansa desenhando uma tênue linha, na tela branca do vazio
enquanto dançava.
Para os olhos mais observadores veria que não era
apenas um filete, mas dois, a brisa e o vazio dançando e ululando um com o
outro produzindo um desenho, magnífico afinal, tênue no inicio, mas poético no
final.
Foi então que
os dois perceberam que havia mais entre eles e era a luz. Não essa luz que
brilha, mas a luz da consciência que ilumina o observador se enxergando a
partir deste momento. Foi então que os três se deram as mãos e se tornaram um...
Inteiro e completo. Este foi o primevo Aeion, a era do Ego, do Ser e da
Consciência.
Por uma eternidade O UNO viveu sozinho. Viveu e se
amou e como fruto deste amor, nasceu a primeira criatura, seu nome era SONHO.
Sonho era um menino e como qualquer menino, curioso e criativo, um verdadeiro
artista. Sonho começou a sonhar e em seu sonho desejou ter companhia, mas não
tinha ninguém, mas de esperto que era fez de seu desejo sua companhia, nascendo
assim DESEJO. Desejo era belo (ou bela, se preferir) capaz, de seduzir qualquer
homem ou mulher. Sonho ficou muito feliz, pois desejo era exatamente o que
queria.
Um dia andando pelo seu paraíso onírico viu outra bela
criatura. Ele não sabia que existia outra, pois sempre fora fiel a desejo. Curioso
chegou mais perto, logo viu que o ser era fugaz, desaparecendo ariscamente.
Sonho então contou para Desejo e achou que Sonho estava maluco. E disse assim
“Você esta delirando” não existe ninguém aqui senão apenas nós dois. Foi então
que Sonho discutiu ferozmente com Desejo e o deixou sozinho. Voltou ao lugar
onde tinha visto a criatura e lá chorou, ouvindo seu choro, com sua cabeleira
de fogo DELÍRIO surgiu da moitinha, enxugando as lagrimas de Sonho. Sonho feliz
ao ver que tinha razão levou a nova amiga para conhecer Desejo.
Desejo era
muito ciumento e quando viu Delírio ficou tão nervoso, disse que iria sumir e
nunca mais voltar, foi indo para o norte até chegar à floresta lacrimosa. Lá
ele Desejou muito fortemente que Delírio sumisse, mas ao invés disso acontecer,
uma menina de pele alva, mas alva que a neve, apareceu bem diante de seus olhos
e fez assim “BOO”. Desejo se assustou tanto que quase morreu. Perguntou para
menina “quem é você”, ela chegou bem perto e disse eu sou a MORTE, você me
desejou e eu vim. Desejo ia abraçar sua amiga quando percebeu que não podia,
pois seus braços transpassavam suavemente o corpo de Morte. Morte disse, não
faça isso, faz cócegas. Desejo foi andando pela floresta com Morte e onde
passavam as belas plantinhas iam morrendo. Naquele dia, pela primeira vez, fez
frio.
Delírio e Sonho sentiram o mortal frio e notaram que o
belo sol que os protegia estava sumindo atrás da montanha do amanhã, uma
escuridão tomou conta do lugar, era a primeira noite, com seu manto de trevas encobrindo
o paraíso. Muito assustados dormiram abraçadinhos protegendo um ao outro.
Enquanto isso, na floresta lacrimosa, Morte e Desejo
tramavam pela vida de Delírio. O ódio do
casal foi tão grande que fez surgir DESTRUIÇÃO, um homem alto segurando uma pesada
marreta nas mãos, ele chegou e se apresentou, dizendo “meu nome é Destruição
estou aqui para que sua vontade se cumpra em mim”.
No
amanhecer os três partem em direção ao jardim dos começos, onde está Delírio e
Sonho. Desejo desperta Sonho enquanto Morte e Destruição acabam com Delírio,
que em suas ultimas palavras promete voltar antes da viração do dia. Sonho ao
ver a amiguinha morta fica louco e em sua loucura nasce o pior dos pesadelos,
DESESPERO. Ela é horrivelmente gorda e nua, com o cabelo desgrenhado e portando
um anel com um gancho que usa para arrancar a própria pele. Desespero promete
ir ao lorde UNO, também conhecido como DESTINO resgatar Delírio das garras do
limbo. Foi assim que nasceram os perpétuos na aurora do tempo.
Rodrigo Lima
***
E aí, gostaram? Se sim comentem que me animo a dar continuidade a história!
sábado, 1 de setembro de 2012
Meu Livro
Pessoal estou escrevendo meu primeiro livro, estou muito feliz, pois dessa vez acho que concluo. O nome dele será (talvez mude) "Alfa e Ômega". Vou deixar para vocês um trechinho do primeiro capítulo (A Fundação) ... Ainda está em material bruto e sem revisão, mas já dá para ter uma idéia. Por favor, comentem!
Capítulo 1 - A Fundação
Há incontáveis eras, um grupo de anciões, vitoriosos de batalhas anteriores, decidiram criar uma nova existência, pois se esgotaram as possibilidades e o mundo se tornou previsivelmente insuportável e tedioso. Além disso, em sua sabedoria acreditavam que, como antes, seria necessária uma renovação, bem como o desapego, aos resquícios e memórias do passado. A estes senhores, de nomes impronunciáveis com nossas gargantas primitivas, chamaremos de Arcontes da Alma, os famigerados Pais Arquetípicos, conhecidos na mitologia judaica como Elohim. Dentre estes senhores havia um que se destacava, por seu amor e justiça, sendo a expressão exata do Elevado, aquele que conheceu a primeira criação de todas as criações. Valente guerreiro e pai amoroso. O Verbo e Senhor dos 24 Arcontes d'alma.
Sentados, em seus tronos, conversavam e planejavam os eventos que seriam vividos na nova origem. O lugar onde estavam era de beleza única e com uma atmosfera de poder e glória jamais imaginada por mortais, como eu e você. Um lugar que assusta e atemoriza qualquer criatura, impondo respeito aos seres das alturas, ou dos mais baixos abismos. Todavia existia um lugar de maior significado e peso, um lugar inviolável, o santíssimo lugar, a morada do Eterno. Apenas o Verbo poderia adentrar neste ambiente e o fazia somente em ocasiões únicas, em importância e necessidade. Ali residia o Misterium Tremendum que nenhuma criatura ou Elohi poderia conhecer e compreender em sua plenitude, apenas o Elevado e seu unigênito comungavam daquele lugar. Uma casa, uma casa de carne, pois diziam que era o cordis ou o útero da criação.
Há incontáveis eras, um grupo de anciões, vitoriosos de batalhas anteriores, decidiram criar uma nova existência, pois se esgotaram as possibilidades e o mundo se tornou previsivelmente insuportável e tedioso. Além disso, em sua sabedoria acreditavam que, como antes, seria necessária uma renovação, bem como o desapego, aos resquícios e memórias do passado. A estes senhores, de nomes impronunciáveis com nossas gargantas primitivas, chamaremos de Arcontes da Alma, os famigerados Pais Arquetípicos, conhecidos na mitologia judaica como Elohim. Dentre estes senhores havia um que se destacava, por seu amor e justiça, sendo a expressão exata do Elevado, aquele que conheceu a primeira criação de todas as criações. Valente guerreiro e pai amoroso. O Verbo e Senhor dos 24 Arcontes d'alma.
Sentados, em seus tronos, conversavam e planejavam os eventos que seriam vividos na nova origem. O lugar onde estavam era de beleza única e com uma atmosfera de poder e glória jamais imaginada por mortais, como eu e você. Um lugar que assusta e atemoriza qualquer criatura, impondo respeito aos seres das alturas, ou dos mais baixos abismos. Todavia existia um lugar de maior significado e peso, um lugar inviolável, o santíssimo lugar, a morada do Eterno. Apenas o Verbo poderia adentrar neste ambiente e o fazia somente em ocasiões únicas, em importância e necessidade. Ali residia o Misterium Tremendum que nenhuma criatura ou Elohi poderia conhecer e compreender em sua plenitude, apenas o Elevado e seu unigênito comungavam daquele lugar. Uma casa, uma casa de carne, pois diziam que era o cordis ou o útero da criação.
***
domingo, 26 de agosto de 2012
Quem pode ministrar a Santa Ceia?
Quem pode ministrar a Santa Ceia?
Sendo cristão posso ministrá-la à minha família como nos moldes do Antigo
Testamento e Novo Testamento?
Resposta: Procurarei ser o mais
simples e objetivo naquilo que a resposta permitir.
Não entrarei em considerações do
tipo transubstanciação, consubstanciação, enfim.
A ciência mata a simplicidade de
Cristo e a leveza do Espírito Santo de Deus!!!
A simplicidade diz: Creio que,
comendo do pão e tomando do vinho estou participando do Corpo de Cristo, pois a
Palavra declara que o pão é sua carne e o vinho é o seu sangue. Participar da
Santa Ceia é ato de fé, pois somente crendo na obra da redenção por Jesus
Cristo participamos desse momento.
Da mesma forma o Batismo nas
Águas, não é um mero ritual público como alguns ensinam, NÃO, é ato de fé, pois
creio que ao mergulhar na água o velho homem é enterrado e ao ser levantado no
mundo espiritual estou "renascendo", "ressuscitando" com
Cristo, conforme assim ensina a Palavra de Deus.
Carta de Paulo aos Colossenses,
capítulo 2, versículo12, diz:
" Sepultados com ele no
batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou
dos mortos. "
Ou seja, algo realmente acontece
no ato do batismo, MAS, isso é para quem crê e vive pelo que a palavra afirma.
Creia na Palavra.
Dei esse exemplo para confirmar
que a Santa Ceia não é apenas também uma "encenação" com intuito de
somente lembrar que Jesus é o Cordeiro de Deus e o pão é seu corpo e o vinho é
seu sangue. NÃO! Algo acontece!
O Egito, para nós hoje, é a
servidão debaixo do poder do espírito do mundo, escravos de satanás, sem
salvação e em pecado para perdição eterna, fazendo a vontade do mundo, com
aparência de livres, mas verdadeiramente escravos. ( Efésios 2:1-6)
Fiz uma pausa agora, e veio algo
muito forte pelo Espírito Santo: "A páscoa celebrada no Velho Testamento,
livro do Êxodo, capítulo 12 (aconselho ler para compreender e meditar),
antecedeu a destruição dos primogênitos do Egito.
Foi o último ato, extremo, diante
da soberba, arrogância e exaltação de Faraó. "
No versículo 17 desse capítulo
diz: " Guardai, pois a festa dos pães asmos porque naquele mesmo dia tirei
vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis este dia nas vossas
gerações por estatuto perpétuo. "
Por isso, Jesus é a nossa Páscoa
(ver na Bíblia a primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 5, versículo 7
– 1 Co 5:7)
Páscoa no hebraico significa
"Passagem". Jesus Cristo, o Cordeiro pascal.
Esse momento no Velho Testamento,
já projetava para o futuro, o sacrifício do Cordeiro de Deus que levaria sobre
si o pecado e resgataria para Deus um povo santo.
ASSIM ... Santa Ceia é a reunião
dos santos, dos filhos de Deus, unidos pela fé na obra redentora de Jesus
Cristo, o Cordeiro que foi sacrificado.
O pão representa a sua carne e o
vinho o seu sangue.
Do mesmo modo como as famílias se
reuniam em suas casas, com convidados ou não, no Velho Testamento, assim hoje,
no Novo Testamento, as famílias PODEM TAMBÉM, reunir para celebrar a Santa
Ceia.
Aqui, entro em um campo delicado:
Pelo fato de a Igreja, progressivamente, ter centralizado o povo no prédio
igreja e desaconselhado, para não dizer proibido, os santos de se reunirem nas
casas, adequadamente (sutilmente), foi removida a possibilidade de alguém saber
como realizar uma Santa Ceia com a família.
Criou-se a imagem - para não
dizer idolatria - de que o líder da congregação ou o ministério são os únicos
entendidos de Santa Ceia e somente esses têm conhecimento, autoridade e poder
para ministrá-la.
De modo bem objetivo, diante da
Palavra digo: Se você desejar, você pode celebrar a Ceia todos os dias com sua
família, na simplicidade de Cristo, sem constrangimento.
Constrangimento vem de ditadores
e centralizadores que removem a liberdade dos santos e, fazem da igreja, um
Egito.
Basta a Palavra para saber como
fazer, ou, se for o caso, alguma orientação de alguém, conforme a simplicidade
de Cristo, exaltando essa liberdade para os santos de Deus.
Dessa questão, o principal foco
é: Sim, a Ceia pode ser ministrada dentro da família em casa e, ainda, EM
QUALQUER LUGAR, conforme ensina a Palavra de Deus.
A família de Deus não tem lugar
físico e nem fixo para que os seus santos adorem e celebrem à Sua Glória!
Aleluias!!! Louvado e exaltado seja para sempre o Deus de toda a Glória, o Pai
eterno e Jesus Cristo, o Rei da Glória!
Contra essa forma agem aqueles
que querem "dominar rebanhos" removendo a liberdade que foi dada em
Cristo.
Se você quiser realizar Santa
Ceia conforme entendeu e creu acima, realize, você não estará sendo rebelde,
pois a Palavra de Deus é a sua justiça.
Rebelde e opressor é aquele que
impede você de fazer isso. Esse já está sendo julgado pela Palavra por
constranger e impedir a liberdade dos santos, comprados pelo sangue de Jesus
Cristo. Amém!
Sergio Luiz Brandão
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