sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Deus no Seu Ponto de Vista

Do Reflexo e Imagem à
Graça e Verdade
do Amor de Cristo

“Nesta publicação proponho uma viagem entre linguagens: do verbo, da imagem, do reflexo, até a Graça que Deus revela. Vamos olhar juntos quem é o Eu, o Verbo Ser, e como Ele fala à nossa existência.”


Na frase “Eu como carne”, quem realiza a ação? É o sujeito, o “eu”, que pratica o verbo/ação “comer”. Agora pense: e na frase “Eu sou Rodrigo”? O que o verbo está fazendo aí? Ele não mostra uma ação como comer ou correr. Ele liga. O verbo “ser” é um verbo de ligação, que conecta o sujeito àquilo que ele é. Outro dia, eu estava apresentando um jogo de tiro em primeira pessoa para alguns amiguinhos da minha filha, a Laura Sofia. Eles nunca tinham jogado videogame, muito menos um FPS. No começo, a mocinha, chamada Noemi, e seu irmão demoraram a entender que não viam o personagem, porque estavam dentro dele. Foi só quando, de repente, a menina parou, arregalou os olhos e disse com um sorriso: “Eu estou olhando com os olhos dele...” Naquele instante, ela entendeu. E eu ri e respondi: “Isso mesmo.”

sábado, 13 de setembro de 2025

Aleph Tav: O Fundamental é Invisível aos Olhos


Aleph Tav é um dos segredos mais profundos ocultos no texto hebraico da Bíblia. À primeira vista, trata-se apenas de duas letras, a primeira e a última do alfabeto: Aleph (א) e Tav (ת). Na gramática hebraica, a combinação dessas letras forma o marcador do objeto direto, chamado et, que aparece milhares de vezes no Antigo Testamento. Sua função é técnica, funcionando como uma ponte entre o verbo e o objeto. Por isso, em nossas traduções, geralmente não aparece, sendo considerado invisível na leitura, mas o fundamental é invisível aos olhos.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

O DEUS DAS LACUNAS

“NAS LACUNAS É ONDE A VIDA ACONTECE.”

Se pensarmos bem:

“Na criação, Deus separa luz e trevas, águas de cima e de baixo, terra e mar. Mas é nos intervalos que surge a vida: na fronteira entre céu e terra, entre água e solo. Na respiração, não é só o ar que nos mantém, mas o espaço vazio dentro dos pulmões que o acolhe. Na música, a pausa é tão essencial quanto a nota. A lacuna dá ritmo, sentido, emoção. Na fé, Abraão vive na lacuna da promessa não cumprida ainda. É nesse espaço vazio que a confiança floresce. Na cruz, o silêncio de Deus é a maior lacuna da história. E justamente ali, no “meu Deus, por que me desamparaste?”, a vida eterna é gestada. Então, dizer que Deus é o Deus das lacunas não é diminuí-Lo, mas confessar que Ele habita o intervalo, onde o homem não consegue preencher por si. O mundo chama isso de vazio, mas é no vazio que Ele sopra o Espírito.”