sábado, 21 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
O Refúgio Secreto
Filme excelente. Um tanto triste, mas deveras bom! Assista! Depois dê-me sua opinião...
domingo, 15 de julho de 2012
A dor que nos purifica
A cruz e o sofrimento nos purificam, pois abrem nossos olhos para panoramas de vida maiores, mais verdadeiros e belos. O sofrimento nos ajuda a escalar os cumes do amor a Deus e do amor ao próximo.
São inúmeras as histórias de homens e mulheres que, sacudidos pelo sofrimento, acordaram, adquiriram uma nova visão – que antes era impedida pela vaidade, pela cobiça e pelas futilidades – e perceberam com olhos mais puros: o que vale a pena, de verdade, é Deus que nunca morre nem trai. Descobriram que n’Ele se encontra o verdadeiro amor pelo qual todos ansiamos e que nenhuma outra coisa consegue satisfazer. Entenderam que o importante são os tesouros no céu, pois estes nem a traça rói nem os ladrões arrebatam (cf. Mt 6,20). Perceberam, enfim, que os outros também sofrem, por isso decidiram se esquecer de si mesmos e dedicaram-se a aliviá-los e ajudá-los a bem sofrer.
É uma lição encorajadora verificar que, na vida de São Paulo, as
tribulações se encadeavam umas às outras, sem parar, mas nunca o
abatiam. É que ele não as via como um empecilho, mas como graça de Deus e
garantia de fecundidade, de modo que podia dizer de todo o coração:
“Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que
também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo” (2Cor 4,10). E
ainda: “Sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas
perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo; porque
quando me sinto fraco, então é que sou forte!” (2Cor 12,10). Até mesmo
com entusiasmo: “Nós nos gloriamos das tribulações, pois sabemos que a
tribulação produz a paciência; a paciência, a virtude comprovada; a
virtude comprovada, a esperança. E a esperança não desilude, porque o
amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que
nos foi dado” (Rom 5,3-5).
É o retrato perfeito da alma que se agiganta no sofrimento, que se deixa
abençoar pela cruz. Outro exemplo muito significativo. Uma perseguição
injusta dos seus próprios confrades arrastou São João da Cruz a um
cárcere imundo. Todos os dias, ele era chicoteado e insultado. Mal
comia. Suportava frios e calores estarrecedores. Para ler um livro de
oração, tinha de erguer-se nas pontas dos pés sobre um banquinho e
apanhar um filete de luz que se filtrava por um buraco do teto. Foi
nesses meses de prisão, num cubículo infecto, que ganhou o perfeito
desprendimento, alcançou um grau indescritível de união com Deus e
compôs, inundado de paz, a ‘Noite escura da alma’ e o ‘Cântico
espiritual’, obras consideradas dois dos cumes mais altos da mística
cristã. E, uma vez acabada a terrível provação, quando se referia aos
seus torturadores, chamava-os, com sincero agradecimento, “os meus
benfeitores”.
As histórias de mulheres e de homens santos, que se elevaram na dor,
poderiam multiplicar-se até o infinito: mães heroicas, mártires da
caridade… Daria para encher uma biblioteca só com a vida dos mártires do
século XX, como São Maximiliano Kolbe, que, na sua cruz – na injustiça
do campo de concentração nazista, nos tormentos, na morte –, achou e
soube dar o amor e a vida com alegria.
Francisco Faus
terça-feira, 10 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
ALERTA: Evidências bíblicas sobre a época da volta de Jesus
Por Antonio Calil, enviado por email.
O dia e a hora não sabemos (Mateus 24: 36), mas a época do
arrebatamento que dá início à segunda vinda de Jesus não nos
surpreenderá (I Tessalonicenses 5: 4). Há uma enorme diferença entre se
saber o dia e a hora (dado este que ninguém sabe a não ser Deus) e a
época do arrebatamento que o Senhor nos revela através de sua Santa
Palavra.
Da mesma forma que Deus anunciou, 800 anos antes, a Abraão
(Gen. 15:13) que o povo de Israel seria libertado do Egito após 400 anos
de aflição.
Da mesma forma que Deus anunciou a Jeremias (Jer. 29:10), 100
anos antes, que o povo de Judá e Israel seria libertado da Babilônia
após 70 anos de cativeiro.
Da mesma forma que Deus anunciou a Daniel (Dan. 9:24-26), 550
anos antes, a época da primeira vinda de Jesus, o Messias e Redentor de
Israel.
Desta mesma forma, o próprio Jesus e seus profetas nos
revelaram sobre a época de sua segunda vinda que, em suma, será o maior
acontecimento de toda a história do povo de Deus (Igreja e Israel) e de
toda a humanidade, e que será desencadeada pelo arrebatamento da
Igreja fiel. Serão estas evidências inquestionáveis que abordaremos nas
próximas linhas.
Observe que para o Senhor 1000 anos equivale a 1 dia (II Pedro 3:8 e Salmos 90:4)
Ao tratar da segunda vinda do Senhor, o apóstolo Pedro em sua
segunda carta no capítulo 3, em especial no versículo 8, nos revelou
algo que não devemos ignorar quando o assunto é a segunda vinda.
8. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
9. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
9. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
Primeira Evidência (para Igreja e para Israel)
Em diversas bíblias e até em dicionários, verifica-se
facilmente que Adão foi criado em torno de 4.000 anos a.C. Logo, de
acordo com a equação de II Pedro 3:8: Se 1000 anos é igual a 1 dia,
logo 4.000 anos é igual a 4 dias. De Jesus Cristo até os dias atuais se
passaram aproximadamente 2000 anos, ou seja, 2 dias. Logo se somarmos 4
(antes de Cristo) mais 2 (depois de Cristo) resultam 6 dias.
Interessante que Jesus Cristo nos revela no evangelho de João 5: 17 o
seguinte:
17. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
Ora, como é que o Pai trabalha até agora, se no livro do Gênesis 2:3 diz que Deus descansou no sétimo dia? Veja:
3. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.
Ocorre que o dia de descanso ainda não chegou, mas está na
iminência de chegar, uma vez que já são passados cerca de 6000 anos
desde Adão, ou seja, 6 dias já são passados, e o sétimo dia, que é o de
descanso, que deve corresponder a 1000 anos, é tratado na Bíblia em
Apocalipse 20:1-2,6:
1. E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.
2. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
6. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.
2. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
6. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.
Mil anos sem Satanás, com Jesus Cristo reinando nesta Terra no
seu Reino Milenar de Paz. Como 1000 anos é igual a 1 dia, este dia de
paz corresponde ao dia de descanso de Gênesis 2:3, e está na iminência
de se iniciar. Os seis primeiros dias, ou seja, os cerca de 6000 anos
desde Adão até hoje se findarão com a segunda vinda do Senhor, que se
inicia com o arrebatamento da Igreja do Senhor.
Segunda Evidência (para a Igreja)
Na parábola do Bom Samaritano em Lucas 10:35, o samaritano que representa o Senhor Jesus, ao partir para viagem, tira dois dinheiros (dois denários) e os dá ao hospedeiro dizendo, em síntese: Cuida do ferido e quando eu voltar to pagarei o que for devido.
33. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
35. E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
34. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
35. E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
De acordo com os dicionários bíblicos, 1
denário é igual a 1 dinheiro, moeda romana de prata usada na época de
Jesus, que correspondia ao salário que um trabalhador da época recebia
por 1 dia de trabalho. Ora, se o samaritano (Jesus) tirou 2
dinheiros para pagar ao hospedeiro seu trabalho até que voltasse, é
porque voltaria em 2 dias (já que 1 dinheiro paga 1 dia de trabalho).
Repare que, como 1 dia para o Senhor equivale a 1000 anos, ao indicar
que voltaria em 2 dias, o Senhor nos aponta que retornaria por volta de
2000 anos. Logo, esta é mais uma evidência de que a vinda do Senhor é
para os nossos dias.
Observe que para o Senhor, 1000 anos equivale a 1 vigília, de acordo com Salmos 90:4
1. [Oração de Moisés, homem de Deus] SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
2. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.
3. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens.
4. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
2. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.
3. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens.
4. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
De acordo com os dicionários bíblicos, nos tempos bíblicos a
noite se dividia em quatro vigílias, sendo a 1ª vigília de 18:00 h às
21:00 h, a 2ª vigília de 21:00 h à meia-noite, a 3ª vigília de
meia-noite às 03:00 h e a 4ª vigília de 03:00 h às 06:00 h.
Terceira Evidência (para a Igreja)
Em Lucas 12: 37-38, o Senhor Jesus, ao tratar de sua segunda
vinda, na parábola do Servo Vigilante, revela que poderá vir na 2ª na
3ª vigília.
37. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.
38. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.
38. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.
Repare que como 1000 anos é igual a 1 vigília, a 2ª vigília
corresponde ao 2º milênio e a 3ª vigília ao 3º milênio. Ou seja, quando
Ele se refere à possibilidade de voltar na 2ª ou 3ª vigília aponta para
a transição do 2º para o 3º milênio, ou seja, para os nossos dias.
Quarta Evidência (para a Igreja)
Ora, para que não houvesse dúvidas sobre a parábola do servo
vigilante acima comentada, em Mateus 25:6, ao tratar também de sua
segunda vinda o Senhor nos revela, na parábola das dez virgens, que o
esposo retorna à meia-noite, ou seja, exatamente na transição da 2ª
para a 3ª vigília. Veja:
5. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
6. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
6. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Pare para pensar: o Senhor Jesus não se conteve como na
parábola do Servo Vigilante, mas deixou bem claro que sua vinda é entre a
2ª vigília e a 3ª vigília, à meia-noite, especificamente na época de
transição entre o 2º e o 3º milênios. O que não se sabe é se a contagem
é do nascimento ou de outro evento de sua vida como sua ressurreição
ou ascensão aos céus, mas que é para os nossos dias não restam dúvidas.
Quinta Evidência (para Israel)
Em Oséias 6:1-2, a profecia é dirigida para Israel que foi
despedaçado e ferido partindo para a Grande Dispersão no ano 70 d.C.,
com a invasão e destruição de Jerusalém pelo General Romano Tito.
1. Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
2. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.
2. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.
Repare que a vida é recebida, após cerca de dois dias (2000
anos) tendo sido fundado o Estado de Israel, em 14 de maio de 1948 e que
será ressuscitado (voltará para o Senhor) por ocasião de sua segunda
vinda, no 3º dia (3º milênio já iniciado).
Sexta Evidência (para a Igreja e para Israel)
Em Mateus 24:32-36, Jesus nos revela um limite para que
todas estas coisas aconteçam (sua segunda vinda) através da parábola da
figueira, inclusive garantindo que estas Palavras são mais firmes do
que o céu e a terra.
32. Aprendei, pois, esta parábola da
figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas,
sabeis que está próximo o verão.
33. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.
34. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.
35. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
33. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.
34. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.
35. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
Israel na Bíblia é comparado frequentemente com uma videira e
com uma figueira (Joel 1:12). Ora, a figueira passou a brotar folhas e
tornar seus ramos tenros a partir de 14 de maio de 1948, quando da
fundação do Estado de Israel. Ocorre que o Senhor nos revela que não
passará a geração dos ramos e das folhas da figueira sem que todas
estas coisas aconteçam. De acordo com a Bíblia uma geração dura cerca
de 70 anos. É o que nos revela o Livro dos Salmos 90:10:
10. Os dias da nossa vida chegam a setenta anos,
e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles
é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.
Assim 70 anos depois da figueira (Israel) ter brotado suas
folhas e seus ramos, chegamos ao ano de 1948 + 70 = 2018, que seria o
limite para o cumprimento de toda a Palavra Profética relativa à
segunda vinda do Senhor. Ora, como o arrebatamento ocorre pelo menos 7
anos antes da vinda gloriosa do Senhor Jesus (dois períodos de 3 anos e
meio da Grande Tribulação), poderíamos entender que este se daria a partir de 2011, o que exige de nós maior vigilância.
Há muitas outras evidências, e TODAS apontam que a segunda vinda do Senhor é para os nossos dias.
Alegremo-nos porque a nossa redenção e vitória eterna se aproxima.
Prepara-te para que não fiques para trás, e não percas esta
oportunidade única que é o arrebatamento da Igreja do Senhor, pois Ele
está às portas. Lembra-te que hoje você sabe o que vai acontecer nos
próximos dias, só não serás salvo se não quiseres, portanto abandone
todo o pecado que te afastas do Senhor: um futuro de glória eterna se
anuncia para você.
Divulgue estas Escrituras para que outros sejam despertados nestes dias que antecedem o fim do tempo da graça.
Que Deus te abençoe.
domingo, 1 de julho de 2012
Fósforos
...os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões. Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. - Hebreus 11:33
Fazia um frio
terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite descia: a última noite do
ano. Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça
descoberta, caminhava pelas ruas. Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de
nada adiantavam, eram chinelos tão grandes para seus pequenos pezinhos, eram os
antigos chinelos de sua mãe. A menininha os perdera quando escorregara na
estrada, onde duas carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando. Um
dos chinelos não mais foi encontrado, e um menino se apoderara do outro e
fugira correndo. Depois disso a menininha caminhou de pés nus - já vermelhos e
roxos de frio. Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um
feixinho deles na mão. Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não
ganhara sequer um níquel. Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a
pobre menina, verdadeira imagem da miséria! Os flocos de neve lhe cobriam os
longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela
não pensava nisso. Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um
delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo. Sim: nisso ela
pensava!Numa esquina formada por duas casas, uma das quais avançava mais que a
outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés, mas sentia um frio ainda
maior. Não ousava voltar para casa sem vender sequer um fósforo e, portanto sem
levar um único tostão. O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa
fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento
assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos. Suas
mãozinhas estavam duras de frio. Ah! bem que um fósforo lhe faria bem, se ela
pudesse tirar só um do embrulho, riscá-lo na parede e aquecer as mãos à sua
luz! Tirou um: trec! O fósforo lançou faíscas, acendeu-se. Era uma cálida chama
luminosa; parecia uma vela pequenina quando ela o abrigou na mão em concha... Que
luz maravilhosa! Com aquela chama acesa a menininha imaginava que estava
sentada diante de um grande fogão polido, com lustrosa base de cobre, assim
como a coifa. Como o fogo ardia! Como era confortável! Mas a pequenina chama se
apagou, o fogão desapareceu, e ficaram-lhe na mão apenas os restos do fósforo
queimado. Riscou um segundo fósforo. Ele ardeu, e quando a sua luz caiu em
cheio na parede ela se tornou transparente como um véu de gaze, e a menininha
pôde enxergar a sala do outro lado. Na mesa se estendia uma toalha branca como
a neve e sobre ela havia um brilhante serviço de jantar. O ganso assado fumegava
maravilhosamente, recheado de maçãs e ameixas pretas. Ainda mais maravilhoso
era ver o ganso saltar da travessa e sair bamboleando em sua direção, com a
faca e o garfo espetados no peito! Então o fósforo se apagou, deixando à sua
frente apenas a parede áspera, úmida e fria. Acendeu outro fósforo, e se viu
sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Era maior e mais enfeitada do que
a árvore que tinha visto pela porta de vidro do rico negociante. Milhares de
velas ardiam nos verdes ramos, e cartões coloridos, iguais aos que se vêem nas
papelarias, estavam voltados para ela. A menininha espichou a mão para os
cartões, mas nisso o fósforo apagou-se. As luzes do Natal subiam mais altas.
Ela as via como se fossem estrelas no céu: uma delas caiu, formando um longo
rastilho de fogo. "Alguém está morrendo", pensou a menininha, pois
sua vovozinha, a única pessoa que amara e que agora estava morta, lhe dissera
que quando uma estrela cala, uma alma subia para Deus. Ela riscou outro fósforo
na parede; ele se acendeu e, à sua luz, a avozinha da menina apareceu clara e
luminosa, muito linda e terna. - Vovó! - exclamou a criança. - Oh! leva-me
contigo! Sei que desaparecerás quando o fósforo se apagar! Dissipar-te-ás, como
as cálidas chamas do fogo, a comida fumegante e a grande e maravilhosa árvore
de Natal! E rapidamente acendeu todo o feixe de fósforos, pois queria reter
diante da vista sua querida vovó. E os fósforos brilhavam com tanto fulgor que
iluminavam mais que a luz do dia. Sua avó nunca lhe parecera grande e tão bela.
Tornou a menininha nos braços, e ambas voaram em luminosidade e alegria acima
da terra, subindo cada vez mais alto para onde não havia frio nem fome nem
preocupações - subindo para Deus. Mas na esquina das duas casas, encostada na
parede, ficou sentada a pobre menininha de rosadas faces e boca sorridente, que
a morte enregelara na derradeira noite do ano velho. O sol do novo ano se
levantou sobre um pequeno cadáver. A criança lá ficou, paralisada, um feixe
inteiro de fósforos queimados. - Queria aquecer-se - diziam os passantes. Porém,
ninguém imaginava como era belo o que estavam vendo, nem a glória para onde ela
se fora com a avó e a felicidade que sentia no dia do AnoNovo. (Hans - Christian Andersen)
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