Muitas vezes ouve-se escritores dizendo que sua arte é basicamente a mesma dos tempos mais primitivos, quando as pessoas se juntavam em torno de fogueiras para ouvir histórias que tanto entretinham quanto explicavam, dando ordem e razão a um universo que parecia fortuito e incompreensível.
Algumas dessas histórias foram consagradas ao serem recontadas por gerações e gerações, e, por um tempo, eram até mesmo reconhecidas como verdades sagradas. Os séculos se passaram e, enquanto fatos e teorias cresceram ao seu redor, as histórias passaram de dogma a mito; sua verdade não era mais sua maior virtude, mas elas ainda eram respeitadas pelo seu poder de racionalizar a vida, mesmo que apenas por um instante.