sábado, 9 de junho de 2018

O Sentido e Direção da Vida

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Vou narrar algo aqui que foi válido para mim...
Talvez não seja para você.
Eu respeito isso.
Por favor, respeite meu modo de ver também.
Tudo o que escrevo eu vivi, não exatamente do modo narrado,
mas estou abrindo meu coração.
Espero que tenha coragem de abrir o seu.

O sentido e direção, da vida, pode ser explicado pela física, ou seria, metafísica. O sentido parte do início de todas as coisas, inclusive do tempo e também do espaço, passa pela criação dos primeiros seres vivos, pelas mãos do Verbo criador, o Verbo Ser que nos liga a tudo que existe, o Eu Sou que está em nós. Um dia esse Eu Sou, pergunta por que estou aqui e vai em busca do sentido da vida.
Um dia você nasce, cresce e se tiver no Caminho certo tem uma Apoteose Cósmica ou uma EQM, também serve. Cada um tem essa experiência de modo diferente, mas um modo possível é quando você ...
... tem a sensação de surpresa, que sentiria se tivesse andado para trás, sem olhar, e caído numa piscina. Fecha os olhos por causa da ardência causada pela água mantendo-os bem, mas muito bem fechados, os olhos. 

Você involuntariamente prende a respiração, até não poder mais, então solta o ar em uma profusão de bolhas, e inspira, pensando que ia engasgar, tossir ou morrer. Mas você não engasga. Sente o gelado da água — se aquilo era água — entrar pelo seu nariz e pela sua garganta, senti-a encher seus pulmões, mas foi só o que ela fez, no entanto, aquela dor e agonia de afogar não acontece e nada lhe causa dano físico. 

“Esse é o tipo de água debaixo da qual é possível respirar, você pensa consigo mesmo. Talvez haja um segredo para se respirar dentro d’água, algo simples que qualquer um poderia fazer, se ao menos soubesse como.” Foi tudo o que lhe passa pela cabeça. 

Depois você é invadido pela energia que aquele líquido lhe proporciona, um liquido, um fluido como o liquor amniótico no útero materno de toda criação.
Você está estranhamente em êxtase e uma paz que excede todo entendimento penetra cada poro de seu corpo. Está inebriado por e em confluência sinestésica de todos os sentidos existentes e alguns que não havia experimentado antes. Você vê cores que não tem nome, ou não haviam sido inventados ainda. 

O cheiro do ambiente e a memória remota da infância, misturados, com a adolescência, o seio materno, seu primeiro beijo, a saída da vila onde cresceu, a noite em que você perdeu a virgindade, tudo estava lá naquele segundo eterno que separa o “0 do 1”.
O zero do OVO CÓSMICO e o um da ROSA APOCALIPTICA. 

O Início e o Fim.
Bem como o recomeço. 

Um segundo pensamento lhe diz que você é sabedor de tudo. Uma onisciência inexplicável e louca, mas dona de uma profundidade jamais experimentada. Havia um oceano naquele pequeno balde simples, que fora sua vida até aquele momento, cuja as águas arquetípicas fluíram para dentro de você e penetraram a ponto de dividir a sua alma e espírito e preencher o multiverso cósmico inteiro, do Ovo à Rosa. Você pensa naquele lugar a temporal como uma voz em sua cabeça dizendo ...

...Eu soube...

“Soube o que era o Ovo — onde o universo se iniciou, ao som de vozes não criadas cantando no vácuo — e eu soube onde estava a Rosa — a dobra peculiar de espaço no espaço em dimensões como origami e que florescem como orquídeas estranhas, e que marcaria a última época boa antes do consequente fim de tudo e do próximo Big Bang, que não seria, agora eu sabia, nem nada do gênero.” 

Você vê o mundo no qual andara desde o seu nascimento e compreende sua fragilidade, entende que a realidade que você conhecia era uma fina camada de glacê num grande bolo de aniversário escuro revolvendo-se com larvas, pesadelos e fome. Você vê o mundo de cima e de baixo. 

O de cima estava mais perto e o de baixo, mais em baixo. 

Vê que havia padrões, portões e caminhos além da realidade e pessoas jogando com sua vida, bem como você jogava e se divertia com a história de outros que leu em livros, ou assistiu em filmes, mas pensava que não existiam, como pessoas. Você percebeu que todas as histórias eram reais a sua maneira. “Eu vi todas essas coisas e as compreendi, e elas me preencheram, da mesma forma que a água do oceano me preenchia.” Você diz isso consigo mesmo... 

Você ainda continua em seu monólogo interno: “Tudo sussurrava dentro de mim. Tudo falava para tudo, e eu sabia tudo. Abri os olhos, curioso para saber o que veria no mundo fora de mim, se seria de alguma forma igual ao mundo de dentro. Olhei para baixo, e o mundo azul debaixo de mim perdia-se de vista na escuridão. Olhei para o alto e o mundo acima de mim fazia o mesmo. Nada me puxava mais para o fundo, nada me forçava em direção à superfície.” 

Foi então que você teve uma sensação não muito agradável, inicialmente suave, mas crescendo em intensidade. Sua mente a medida que ficava naquele não-lugar, o Kairós da existência, se desvanecia e você perdia sua identidade. Você seria tudo em todos em eternidade. Como em um piscar de olhos você encontra a resposta de tudo e todas as coisas. 

Percebe que tudo faz sentido, mas não tem uma direção. A direção é agora para baixo, ortogonal ao eixo das abcissas, pois se você estava no topo, onde a aceleração da montanha russa existencial é zero, o momento de potência absoluta, mas movimento zero, você cai vertiginosamente, percebendo que deveria ter esvaziado antes.

Ao se esvaziar, por que, ter tudo e saber de tudo é pesado demais e gera muita aflição de espírito. É neste lugar que percebemos que a limitação é necessária e torna as coisas interessantes. O mistério e a curiosidade têm que existir, se não a vida perde o sentido e sobra apenas uma direção vertiginosa. 

Quando você afundava nas profundezas da divindade humana uma mão te puxa para cima. Com carinho e suavemente ela lhe coloca, novamente nos trilhos, lhe ensina que não devemos subir a tais alturas, essas foram designadas para Deus e os anjos, pois se não fossemos socorridos, desceríamos ao abismo como o diabo e seus demônios, devido ao peso colossal de nosso ego inflado. 

“A ciência é uma ferramenta e não o fim. E às vezes a ignorância é uma benção, saber demais é pesado e triste. No futuro, mas no futuro mesmo, conheceremos como somos conhecidos. Lá muita coisa não terá importância, pois já se passaram. Veremos que o ter, a matéria é desnecessária, viveremos num mundo de conceitos. Então perceberemos que conhecer tudo e tudo poder é vaidade e aflição de espírito. Então nos lembraremos do amor e como ele nos dava felicidade e fazia valer a pena. Veremos que a limitação é necessária e torna as coisas interessantes. No fim conheceremos o AMOR em plenitude e aprenderemos que a entrega renova todas as coisas e a entrega total é perfeita. Então só restarão três coisas que são uma, a FÉ, a ESPERANÇA E O AMOR. Por que em fé esperamos no amor! Então tudo será entregue ao Dom da Vida, porque o maior destes três É!”

Para finalizar escute essa música e veja o vídeo:

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