sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Paradoxos, Multiversos, Einstein, Física Quântica e a Realidade


Einstein lidava com essas questões filosóficas profundas sobre a teoria quântica (que até hoje são objeto de debates intensos). Vários aspectos perturbadores desse quebra-cabeça chocaram profundamente Einstein. Para começar, antes que uma medição seja feita, existimos como a soma de todos os universos possíveis. Não podemos afirmar com certeza se estamos mortos ou vivos, se os dinossauros ainda estão vivos ou se a Terra foi destruída bilhões de anos atrás. Todos os eventos, antes que uma medição seja feita, são possíveis. Depois, parece que o processo de observação cria a realidade! Continue a leitura para aprofundar...


Comecemos analisando o Gato de Schrödinger...

O Gato de Schrödinger é uma experiência mental, frequentemente descrita como um paradoxo, desenvolvida pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1935. A experiência procura ilustrar quão estranha é a interpretação de Copenhague da mecânica quântica, imaginando-a aplicada a objetos do dia-a-dia. No exemplo, há um gato encerrado em uma caixa, de forma a não estar apenas vivo ou apenas morto, mas sim "morto-vivo". 



Por sua vida supostamente atrelar-se a um evento aleatório quântico, um gato "vivo-morto" surge como reflexo de um estado quântico, segundo a interpretação comum no mundo das partículas, mas por certo alheio ao senso comum. Em termos técnicos, o estado "vivo-morto" (claramente distinto do estado vivo e distinto do estado morto) compõe-se pelo emaranhamento desses dois estados e constitui de fato, segundo o que se busca elucidar, a situação do gato no experimento, ao menos enquanto o sistema permanecer fechado, sem ser observado.

O experimento também traz à tona questionamentos quanto à natureza do "observador" e da "observação" na mecânica quântica; se você, pelo fato de abrir a caixa e deparar-se com um gato morto, é ou não o responsável pela sua morte. Foi no transcurso desse experimento que Schrödinger criou o termo Verschränkung (em português, entrelaçamento).

É importante você perceber que o entrelaçamento quântico (ou emaranhamento quântico, como é mais conhecido na comunidade científica) é um fenômeno da mecânica quântica que permite que dois ou mais objetos estejam de alguma forma tão ligados que um objeto não possa ser corretamente descrito sem que a sua contra-parte seja mencionada - mesmo que os objetos possam estar espacialmente separados por milhões de anos-luz. Isso leva a correlações muito fortes entre as propriedades físicas observáveis das diversas partículas subatômicas.

Tais fenômenos quânticos produzem alguns dos aspectos teóricos e filosóficos mais perturbadores da teoria, já que as correlações previstas pela mecânica quântica são inconsistentes com o princípio intuitivo do realismo local, que diz que cada partícula deve ter um estado bem definido, sem que seja necessário fazer referência a outros sistemas distantes. Os diferentes enfoques sobre o que está a acontecer no processo do entrelaçamento quântico dão origem a diferentes interpretações da mecânica quântica.

Em outras palavras, a realidade não existe sem o observador ou podemos também pensar que, todas as realidades possíveis existem sem serem observadas. Isso nos leva a crer que a nossa cognição, compreensão e interpretação do mundo direta ou indiretamente cria o que chamamos de realidade. 

Se isto estiver correto, a existência não passa de um consenso criado a bilhões de anos, onde cada um dos possíveis observadores, colocou um tijolinho na parede que compõem tudo que existe. Não acredito na impessoalidade de nada. Para mim, até mesmo uma sub-partícula, pode ser categorizada como um observador válido guardada seu devido escopo e proporção. Com isso, podemos dizer que a realidade não é fixa ou imutável, mas o ponto de vista que convence todos entes observadores, de amebas, lesmas gosmentas, do homem e das entidades cósmicas (se houverem) e de Deus.

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